A franquia Grand Theft Auto nasceu em 1997 e rapidamente se transformou em um ícone da cultura gamer. Criada pela Rockstar Games, a série ficou conhecida por seu humor provocador, suas críticas sociais afiadas e sua liberdade quase ilimitada. Mesmo com o sucesso mundial, GTA nunca mais deixou o território norte-americano — e, de acordo com Dan Houser, cofundador da Rockstar, isso acontece por um motivo bem claro.
As raras incursões fora da América
Antes de se consolidar como uma sátira da vida nos Estados Unidos, a série experimentou outro cenário. As expansões London 1969 e London 1961, lançadas ainda no primeiro GTA, levaram os jogadores para uma Londres criminosa e vibrante. Essas versões mostraram o potencial da franquia em outras culturas, mas a desenvolvedora logo redirecionou seu foco.
Com o passar do tempo, GTA passou a retratar cidades inspiradas em metrópoles norte-americanas, como Liberty City (Nova York), Vice City (Miami) e Los Santos (Los Angeles). Essa decisão refletiu uma escolha criativa: explorar o caos e o exagero típicos da sociedade dos Estados Unidos.
A essência americana de Grand Theft Auto
Durante uma entrevista ao canal de Lex Fridman, Dan Houser explicou que a alma de GTA está profundamente ligada à cultura americana. Segundo ele, os Estados Unidos oferecem o ambiente perfeito para histórias cheias de personagens excêntricos, violência e ironia.
“O jogo depende de armas, comportamentos extremos e de um senso de liberdade que só existe na América”, afirmou. Ele também destacou que essa abordagem funciona melhor porque vem de uma perspectiva externa — afinal, tanto ele quanto seu irmão Sam são britânicos.
Um olhar estrangeiro que define o sucesso
Apesar de a sede principal da Rockstar ficar em Nova York, grande parte dos jogos é desenvolvida em Edimburgo, na Escócia. Essa distância cultural, segundo Houser, permitiu que a equipe observasse a vida americana com ironia e curiosidade. Assim, a franquia ganhou uma identidade única, misturando crítica social e diversão.
“Enxergar os Estados Unidos de fora nos ajudou a compreender seus contrastes. Isso é o que faz GTA funcionar”, explicou o criador. Por esse motivo, ele acredita que um cenário internacional dificilmente teria o mesmo impacto.
Outros projetos que não saíram do papel
Na mesma conversa, Houser também falou sobre outros títulos da Rockstar. Ele revelou que Agent foi cancelado porque o estúdio não conseguiu dar forma a uma proposta interessante. Além disso, Bully 2 não avançou por falta de equipe disponível para o desenvolvimento.
Mesmo com esses obstáculos, Grand Theft Auto segue como uma das franquias mais influentes do mundo. E, pelo que tudo indica, continuará explorando — com muita sátira e ousadia — o universo norte-americano que o consagrou.
Imagem: Rockstar Games
Fonte: Games Radar


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