Cenas polêmicas envolvendo santuários
O lançamento de Assassin’s Creed Shadows gerou polêmica no Japão. O jogo se passa no século XVI e retrata eventos do Japão feudal. No entanto, muitas pessoas no país se sentiram ofendidas com a forma como os templos sagrados aparecem na história. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba declarou sua insatisfação e criticou a destruição de locais religiosos dentro do jogo.
Um dos momentos mais controversos mostra Yasuke, o protagonista, invadindo um santuário xintoísta. Durante a cena, ele destrói tambores, espelhos e altares. Essa representação gerou indignação entre políticos e cidadãos. Como resultado, mais de 100.000 pessoas assinaram uma petição contra o conteúdo do jogo.
Preocupações com possíveis imitações na vida real
Hiroyuki Kada, integrante do Partido Liberal Democrata, manifestou preocupação com os efeitos do jogo. Segundo ele, a violência retratada pode inspirar ataques contra templos reais. Além disso, ele destacou que a Ubisoft usou o santuário sem permissão. Para ele, as empresas devem respeitar a cultura e a religião locais.
Diante dessa situação, vários grupos religiosos se posicionaram contra o jogo. Eles temem que criminosos utilizem o enredo como justificativa para ataques reais. Além disso, parlamentares discutem possíveis ações para evitar problemas futuros.
Primeiro-ministro Shigeru Ishiba responde às críticas
Durante uma coletiva de imprensa, Shigeru Ishiba condenou qualquer ato de vandalismo contra santuários. Ele afirmou que a destruição de templos, mesmo dentro de um jogo, representa um insulto ao país. Além disso, reforçou que a cultura japonesa precisa de respeito, principalmente por parte de empresas estrangeiras.
O primeiro-ministro também comentou que o governo estuda medidas para evitar esse tipo de insensibilidade cultural. Segundo ele, a legislação pode passar por mudanças caso isso se torne um problema recorrente. Dessa forma, as autoridades esperam proteger a integridade dos símbolos religiosos do Japão.
Reações da comunidade e da Ubisoft
O debate também alcançou as redes sociais. Muitos jogadores japoneses criticaram a representação do Japão no jogo. Além da destruição de templos, eles questionaram a escolha de Yasuke como protagonista. Para alguns, o jogo apresenta imprecisões históricas que desrespeitam a identidade do país.
Após a repercussão negativa, a Ubisoft emitiu um comunicado. A empresa pediu desculpas por qualquer ofensa e garantiu que trabalhará para melhorar a representação cultural em seus jogos futuros. No entanto, ainda não há informações sobre possíveis mudanças no conteúdo de Assassin’s Creed Shadows.
Considerações finais
A polêmica envolvendo Assassin’s Creed Shadows reforça a importância da representação cultural no entretenimento. Enquanto a liberdade artística continua sendo essencial, o respeito às tradições de cada país também precisa ser considerado. No futuro, desenvolvedoras de jogos devem buscar um equilíbrio entre criatividade e sensibilidade cultural. Dessa forma, será possível evitar conflitos desnecessários e criar experiências mais autênticas para os jogadores.
Imagem retirada da Internet
Fonte: IGN
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